1 KIA cee'd 1.6 crdi GT Line (04/2016) Qua 26 Jul 2017, 02:18
tjr_ceed
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Dou início, neste tópico, ao diário... ou melhor, a um breve (ou não...) historial de bordo (até à data) do meu KIA cee'd, comprado novo em Abril de 2016.
Introdução:
Este carro veio substituir um Honda Civic 3P 1.7 ctdi ES Exclusive de Agosto de 2003 (embora eu o tivesse comprado em 2.ª mão, com 6 anos e cerca de 100.000 km), que esteve comigo até cerca dos 170.000 km. Decidi desfazer-me do Civic devido ao facto de começar a acusar o "PDI" e depois de ter alguns problemas com ele nos últimos dois anos (e a possibilidade de aumentar a lista dos mesmos) e pus como objectivo a sua substituição por um carro novo do segmento C (manter o mesmo tipo de carro), mas de 5 portas, também com motorização diesel e com um nível de equipamento (preferencialmente de série) já "satisfatório" e cujo o valor não ultrapassasse os 25.000€, chave na mão, já com a retoma do Civic incluída.
Fiz uma pesquisa de algumas horas e quando passei no site da KIA, já mal consegui passar dali. Tive uma espécie de paixão à primeira vista pelo modelo que vim, passado nem um mês, a comprar. Não conhecia ninguém que tivesse um KIA cee'd, mas não me preocupei com isso. Já tinha ouvido dizer bem da marca, nomeadamente a nível da sua garantia de 7 anos e do "value-for-money" dos seus carros. Efectivamente, as linhas do carro encantavam-me (e continuam a encantar), bem como o seu equipamento ("luxos" que estavam muito distantes do meu, na altura, actual carro) e com a campanha de 5.700€ de desconto (que, na prática, acabariam por ser um pouco abaixo de 5.000€ devido aos factores que certamente todos aqui conhecem...) foi difícil encontrar peso nas outras marcas que fosse capaz de fazer pender a balança da decisão para outro lado que não a KIA. Era uma questão de visitar um concessionário e debater os detalhes. E assim foi. Dado que sou da zona de Santarém, o único concessionário no Ribatejo fica na Golegã. Entrei em contacto, informei que procurava um cee'd GT Line e queria ver um ao vivo e saber as condições de venda. Depois disso, ainda tive um breve contacto num pequeno test-drive (embora numa cee'd GT Line SW) e avancei para o negócio. Como já tinha juntado dinheiro para quando precisasse de trocar de carro e, contas feitas, o valor final estaria ligeiramente abaixo do meu limite de orçamento, manifestei interesse no PP. O vendedor aconselhou-me a pedir o financiamento e solicitar a amortização antecipada após a primeira prestação, a fim de aproveitar o valor total da campanha (caso contrário seriam somente 4.000€), e assim fiz.
Como referi, entre o primeiro contacto com o cee'd e o seu levantamento, nem chegou a um mês. Escolhi o mesmo tom que tinha no Civic, para não estranhar a cor , cinza prata ou "sparkling silver", de acordo com o catálogo/configurador do modelo e o único extra que lhe meti foi a pintura metalizada (Obs: de acordo com a informação do vendedor, nem teria escolha neste parâmetro porque todos os cee'd GT Line teriam pintura metalizada).
No final de Abril, lá fui eu deixar o velhinho Honda e trazer para casa um novíssimo KIA, que foi (e é) o meu primeiro carro novo e também da marca. Na primeira impressão, o carro correspondeu às minhas expectativas, tendo em conta que, quando fechei o negócio não havia nenhum cee'd exposto que fosse da cor que escolhi e limitei-me a confiar na palavra do vendedor, que me disse que era praticamente igual ao Civic. O carro demorou cerca de 3 semanas e pouco a chegar. Devido à sua cor ser das mais procuradas no nosso mercado e ao facto de não ter tecto de abrir, ele estava em stock no parque de viaturas.
Explicações dadas sobre os equipamentos e "pequenas manhas", lá arranquei rumo a casa, deixando pouco mais de 6 anos e meio e 70.000 kms de Honda para trás (Obs: a baixa quilometragem deveu-se principalmente a pouco mais de 2 anos longe do carro... Fui trabalhar para os Açores e não o levei para lá. Durante esse tempo, o carro andou muito pouco.).
O cee'd revelou-se desde logo um carro significativamente diferente do Civic, não apenas na diferença de idade. Os menos 36 cv de potência do bloco de origem Isuzu do Civic não o faziam mais "pastelão", pelo contrário. A sua caixa, de 5 velocidades, era mais curta e faziam dele um carro mais "bruto". O cee'd convidava a uma condução mais descontraída, com as suas relações mais longas e todo o funcionamento (motor/caixa) bastante mais suave. A nível de conforto, o cee'd surpreendeu-me positivamente logo no test-drive. Esperava sentir um pisar bem mais seco devido aos pneus de baixo perfil, mas não. Não sendo um primor nesse aspecto, também estava longe de ser desconfortável. Mas era menos que o Civic (que era a versão mais confortável da sua geração, a que eu tinha).
Isto foram as primeiras impressões. À medida que a experiência KIA foi crescendo, apercebi-me de 4 aspectos menos positivos.
1.º aspecto: é já um velho tema de conversa por aqui e não só, os consumos. As médias de 7, 8, 9 em cidade (as mais altas, devido a subidas) e os quase sempre acima de 6 em AE, assustavam. Lá fazia perto (acima ou abaixo) dos 5 em nacional, em andamento descontraído/normal. Sempre me pareceram exagerados para um diesel, apesar do peso considerável do carro. Estes valores melhoraram ligeiramente após a primeira revisão, em Abril de 2017, devido à actualização da ECU por indicação do fabricante (que eu saiba, foi o único update que levou, visto que o sistema multimédia não tinha nenhuma actualização nessa altura, segundo me foi dito pelo chefe da oficina). Não sei exactamente onde mexeram, mas notei logo à saída da oficina e no trajecto, uma barra de consumo instantâneo "menos gulosa" e uma melhor resposta (mais força) a partir das 1400/1500 rpm. Talvez uma alteração ou "revisão " do binário, mas não sei... Ninguém me explicou detalhes, além de "uma actualização da centralina, por indicação da marca".
2.º aspecto: o casamento ISG-bateria (também já sobejamente falado por essa internet fora...). Não é grave, mas decididamente algo não funciona como deveria. Ou o ISG é mais sensível aos valores de bateria ou a bateria em uso não é a mais adequada para os consumos deste carro. Pedi um teste à mesma na primeira revisão, cuja resposta foi "a bateria está boa e o ISG pode não trabalhar por outros factores...". Eu sei que foi uma reposta para me despachar, mas pronto... Não é grave, como disse. Só acho que não ficava mal assumirem que têm ali um aspecto para trabalhar melhor (a nível de fabrico).
3.º aspecto: a direcção. Desde que o comprei, usei sempre a direcção no modo normal até ao dia em que, pela segunda vez, decidi "esticar" um pouco em AE e aos 150 km/h parecia que o volante estava solto. Para comparação, o meu velhinho Civic tinha direcção electrónica progressiva, ou seja, quanto maior a velocidade, maior o peso e, por conseguinte, maior a sensação de segurança. No cee'd, há os 3 modos e são sempre iguais. Pelo menos, assim parece. Mesmo actualmente, que ando sempre com a direcção no modo desportivo, nunca tive coragem para levar o carro à velocidade de ponta, nem sequer em recta e sem vento. A sensação mantém-se acima dos 180 km/h. Felizmente, não estamos na Alemanha e acaba por não ser algo que me faça tanta falta, mas por uma questão de segurança, trocaria sem hesitar, se pudesse, estes 3 modos independentes por uma direcção electrónica progressiva. Abaixo dessas velocidades ilegais, não sinto qualquer desconforto.
4.º aspecto: a obsolescência do material. Soube recentemente, após ter perguntado directamente na página de facebook da KIA Portugal, que o meu carro (de 2016!) não possui hardware compatível com a actualização de software do sistema multimédia com suporte Apple Carplay ou Android Auto. São coisas que não interferem no comportamento, na segurança ou na fiabilidade do carro em sim, mas... Por amor de Deus, receber uma resposta dessas sobre um carro de gama média (numa das versões mais equipadas) da marca, é um tiro nos pés. O cee'd JD pode ser de 2012, mas o GT Line foi apresentado em finais de 2015!! E, segundo li aqui, a versão facelift de 2017 (curioso, mas eu achava que o GT Line que tenho já era ele criado em paralelo com um facelift por si só do cee'd, mas cerca de um ano depois, a marca lança um facelift de uma versão criada durante um facelift... ), já possui essa capacidade... Bravo KIA!
Aspectos ainda-não-propriamente-bons bónus:
Ruídos parasitas da grelha de ventilação do lado esquerdo (vibração notória em mau piso e velocidade elevada, segundo me parece, porque o tablier - ao pressionar - sente-se algo "móvel" nessa zona, como se não estivesse bem fixo ou tivesse cedido (acontece desde cerca dos 6.000 km e já foi reportado, mas não será alvo de intervenção, para já, porque "é normal haverem ruídos parasitas nessa zona, em parte até pela existência de estruturas de deformação progressiva do habitáculo, que podem causar algumas oscilações de componentes" - resposta do chefe de oficina). Situação em stand-by...
Nota: o carro, apesar de ter no seu historial uma boa porção de tempo (noites e dias) ao relento, também passa muito tempo em garagem e, em dias de sol mais forte, uso um pára-sol na frente, já para evitar males maiores. É também muito mais utilizado em percursos extra-urbanos (essencialmente AE) do que em cidade, pelo que está menos sujeito a pisos degradados, lombas, etc., capazes de provocar deformações severas.
As ópticas frontais têm um aspecto embaciado, com os médios ligados, desde que o comprei. Não me dá sensação de perda significativa de visibilidade, mas não gosto do aspecto quando o carro está com as luzes ligadas e há baixa luminosidade. À luz do dia, se ligar os médios, não se nota.
Outra situação já reportada, mas a aguardar resposta. "Cheira-me" que caiu no esquecimento da oficina...
De resto, tudo em ordem. É meter gasóleo e andar! Como tive um alerta para uma possível avaria no Civic, que me obrigava a substituir a bomba de alta-pressão de combustível (coisa para mais de 3.000€, na marca, e que muito contribuiu para a decisão de o trocar), mudei de fornecedor de combustível. Antes usava gasóleo da Prio/Pingo Doce (normal, cerca de 0,11€/litro mais barato do que o Galp G-Force que uso actualmente no cee'd). Pode não ter sido culpa do gasóleo, mas também não é impossível que não tenha sido... Pelo menos, já ouvi várias teorias sobre isso, até de pessoas mais entendidas em mecânica do que eu, que sou quase zero, e que acreditavam que a diferença de preço não é somente uma questão de marca, mas de qualidade. Actualmente tem cerca de 11.300 km. É pouco para um diesel com mais de um ano, mas devido à alteração significativa da minha situação profissional - onde antes estava apenas "empregado", agora há um prefixo "des" a acompanhar - o carro anda menos. Eu trabalhava em Lisboa e as viagens casa/trabalho/casa é que lhe davam kms. Agora, anda o que é necessário ou quando viajo ocasionalmente, mas raramente em percursos muito pequenos, para não chatear muito o senhor das partículas e a senhora EGR. As pernas existem para ser usadas, também.
Conclusão:
Apesar dos aspectos menos bons que referi, continuo bastante satisfeito com o cee'd. É um carro cómodo/confortável o suficiente para fazer kms em estrada/AE ou simplesmente ir do ponto A ao B, numa localidade, tanto para o condutor como para eventuais passageiros (inclusive atrás), está relativamente bem equipado para o seu valor (de campanha), considerando o segmento em que se insere, é suave, tem uma insonorização muito satisfatória, é seguro (com excepção da direcção falsa como Judas)... Dentro do que procurava, fiquei satisfeito. Espero manter-me assim por uns bons anos. Por bons, entenda-se sempre um número com 2 dígitos, dado que não pretendo desfazer-me dele antes disso.
A quem chegou até aqui, as minhas desculpas pela seca que dei... É o que dá fazer um "anuário e tal de bordo" em vez de um diário.
De seguida, apresento o "menino":
Totalmente "stock" até à data e assim continuará, em princípio. Se ele é lindo, não se mexe...
O aspecto embaciado permanente das ópticas frontais, referido no texto.
Com cerca de um ano (antes da primeira revisão), ao bater nos 10.000 km, para celebrar, o ISG decidiu funcionar... A média de consumo de 6 l/100 km é a actual e é o valor desde sempre. Começou a subir até aos 6,4 l/100 km e daí tem vindo gradualmente a descer, porque na maioria das vezes não puxo em demasia por ele, mas também não ando muitas vezes ou muitos kms a "pastelar".
Introdução:
Este carro veio substituir um Honda Civic 3P 1.7 ctdi ES Exclusive de Agosto de 2003 (embora eu o tivesse comprado em 2.ª mão, com 6 anos e cerca de 100.000 km), que esteve comigo até cerca dos 170.000 km. Decidi desfazer-me do Civic devido ao facto de começar a acusar o "PDI" e depois de ter alguns problemas com ele nos últimos dois anos (e a possibilidade de aumentar a lista dos mesmos) e pus como objectivo a sua substituição por um carro novo do segmento C (manter o mesmo tipo de carro), mas de 5 portas, também com motorização diesel e com um nível de equipamento (preferencialmente de série) já "satisfatório" e cujo o valor não ultrapassasse os 25.000€, chave na mão, já com a retoma do Civic incluída.
Fiz uma pesquisa de algumas horas e quando passei no site da KIA, já mal consegui passar dali. Tive uma espécie de paixão à primeira vista pelo modelo que vim, passado nem um mês, a comprar. Não conhecia ninguém que tivesse um KIA cee'd, mas não me preocupei com isso. Já tinha ouvido dizer bem da marca, nomeadamente a nível da sua garantia de 7 anos e do "value-for-money" dos seus carros. Efectivamente, as linhas do carro encantavam-me (e continuam a encantar), bem como o seu equipamento ("luxos" que estavam muito distantes do meu, na altura, actual carro) e com a campanha de 5.700€ de desconto (que, na prática, acabariam por ser um pouco abaixo de 5.000€ devido aos factores que certamente todos aqui conhecem...) foi difícil encontrar peso nas outras marcas que fosse capaz de fazer pender a balança da decisão para outro lado que não a KIA. Era uma questão de visitar um concessionário e debater os detalhes. E assim foi. Dado que sou da zona de Santarém, o único concessionário no Ribatejo fica na Golegã. Entrei em contacto, informei que procurava um cee'd GT Line e queria ver um ao vivo e saber as condições de venda. Depois disso, ainda tive um breve contacto num pequeno test-drive (embora numa cee'd GT Line SW) e avancei para o negócio. Como já tinha juntado dinheiro para quando precisasse de trocar de carro e, contas feitas, o valor final estaria ligeiramente abaixo do meu limite de orçamento, manifestei interesse no PP. O vendedor aconselhou-me a pedir o financiamento e solicitar a amortização antecipada após a primeira prestação, a fim de aproveitar o valor total da campanha (caso contrário seriam somente 4.000€), e assim fiz.
Como referi, entre o primeiro contacto com o cee'd e o seu levantamento, nem chegou a um mês. Escolhi o mesmo tom que tinha no Civic, para não estranhar a cor , cinza prata ou "sparkling silver", de acordo com o catálogo/configurador do modelo e o único extra que lhe meti foi a pintura metalizada (Obs: de acordo com a informação do vendedor, nem teria escolha neste parâmetro porque todos os cee'd GT Line teriam pintura metalizada).
No final de Abril, lá fui eu deixar o velhinho Honda e trazer para casa um novíssimo KIA, que foi (e é) o meu primeiro carro novo e também da marca. Na primeira impressão, o carro correspondeu às minhas expectativas, tendo em conta que, quando fechei o negócio não havia nenhum cee'd exposto que fosse da cor que escolhi e limitei-me a confiar na palavra do vendedor, que me disse que era praticamente igual ao Civic. O carro demorou cerca de 3 semanas e pouco a chegar. Devido à sua cor ser das mais procuradas no nosso mercado e ao facto de não ter tecto de abrir, ele estava em stock no parque de viaturas.
Explicações dadas sobre os equipamentos e "pequenas manhas", lá arranquei rumo a casa, deixando pouco mais de 6 anos e meio e 70.000 kms de Honda para trás (Obs: a baixa quilometragem deveu-se principalmente a pouco mais de 2 anos longe do carro... Fui trabalhar para os Açores e não o levei para lá. Durante esse tempo, o carro andou muito pouco.).
O cee'd revelou-se desde logo um carro significativamente diferente do Civic, não apenas na diferença de idade. Os menos 36 cv de potência do bloco de origem Isuzu do Civic não o faziam mais "pastelão", pelo contrário. A sua caixa, de 5 velocidades, era mais curta e faziam dele um carro mais "bruto". O cee'd convidava a uma condução mais descontraída, com as suas relações mais longas e todo o funcionamento (motor/caixa) bastante mais suave. A nível de conforto, o cee'd surpreendeu-me positivamente logo no test-drive. Esperava sentir um pisar bem mais seco devido aos pneus de baixo perfil, mas não. Não sendo um primor nesse aspecto, também estava longe de ser desconfortável. Mas era menos que o Civic (que era a versão mais confortável da sua geração, a que eu tinha).
Isto foram as primeiras impressões. À medida que a experiência KIA foi crescendo, apercebi-me de 4 aspectos menos positivos.
1.º aspecto: é já um velho tema de conversa por aqui e não só, os consumos. As médias de 7, 8, 9 em cidade (as mais altas, devido a subidas) e os quase sempre acima de 6 em AE, assustavam. Lá fazia perto (acima ou abaixo) dos 5 em nacional, em andamento descontraído/normal. Sempre me pareceram exagerados para um diesel, apesar do peso considerável do carro. Estes valores melhoraram ligeiramente após a primeira revisão, em Abril de 2017, devido à actualização da ECU por indicação do fabricante (que eu saiba, foi o único update que levou, visto que o sistema multimédia não tinha nenhuma actualização nessa altura, segundo me foi dito pelo chefe da oficina). Não sei exactamente onde mexeram, mas notei logo à saída da oficina e no trajecto, uma barra de consumo instantâneo "menos gulosa" e uma melhor resposta (mais força) a partir das 1400/1500 rpm. Talvez uma alteração ou "revisão " do binário, mas não sei... Ninguém me explicou detalhes, além de "uma actualização da centralina, por indicação da marca".
2.º aspecto: o casamento ISG-bateria (também já sobejamente falado por essa internet fora...). Não é grave, mas decididamente algo não funciona como deveria. Ou o ISG é mais sensível aos valores de bateria ou a bateria em uso não é a mais adequada para os consumos deste carro. Pedi um teste à mesma na primeira revisão, cuja resposta foi "a bateria está boa e o ISG pode não trabalhar por outros factores...". Eu sei que foi uma reposta para me despachar, mas pronto... Não é grave, como disse. Só acho que não ficava mal assumirem que têm ali um aspecto para trabalhar melhor (a nível de fabrico).
3.º aspecto: a direcção. Desde que o comprei, usei sempre a direcção no modo normal até ao dia em que, pela segunda vez, decidi "esticar" um pouco em AE e aos 150 km/h parecia que o volante estava solto. Para comparação, o meu velhinho Civic tinha direcção electrónica progressiva, ou seja, quanto maior a velocidade, maior o peso e, por conseguinte, maior a sensação de segurança. No cee'd, há os 3 modos e são sempre iguais. Pelo menos, assim parece. Mesmo actualmente, que ando sempre com a direcção no modo desportivo, nunca tive coragem para levar o carro à velocidade de ponta, nem sequer em recta e sem vento. A sensação mantém-se acima dos 180 km/h. Felizmente, não estamos na Alemanha e acaba por não ser algo que me faça tanta falta, mas por uma questão de segurança, trocaria sem hesitar, se pudesse, estes 3 modos independentes por uma direcção electrónica progressiva. Abaixo dessas velocidades ilegais, não sinto qualquer desconforto.
4.º aspecto: a obsolescência do material. Soube recentemente, após ter perguntado directamente na página de facebook da KIA Portugal, que o meu carro (de 2016!) não possui hardware compatível com a actualização de software do sistema multimédia com suporte Apple Carplay ou Android Auto. São coisas que não interferem no comportamento, na segurança ou na fiabilidade do carro em sim, mas... Por amor de Deus, receber uma resposta dessas sobre um carro de gama média (numa das versões mais equipadas) da marca, é um tiro nos pés. O cee'd JD pode ser de 2012, mas o GT Line foi apresentado em finais de 2015!! E, segundo li aqui, a versão facelift de 2017 (curioso, mas eu achava que o GT Line que tenho já era ele criado em paralelo com um facelift por si só do cee'd, mas cerca de um ano depois, a marca lança um facelift de uma versão criada durante um facelift... ), já possui essa capacidade... Bravo KIA!
Aspectos ainda-não-propriamente-bons bónus:
Ruídos parasitas da grelha de ventilação do lado esquerdo (vibração notória em mau piso e velocidade elevada, segundo me parece, porque o tablier - ao pressionar - sente-se algo "móvel" nessa zona, como se não estivesse bem fixo ou tivesse cedido (acontece desde cerca dos 6.000 km e já foi reportado, mas não será alvo de intervenção, para já, porque "é normal haverem ruídos parasitas nessa zona, em parte até pela existência de estruturas de deformação progressiva do habitáculo, que podem causar algumas oscilações de componentes" - resposta do chefe de oficina). Situação em stand-by...
Nota: o carro, apesar de ter no seu historial uma boa porção de tempo (noites e dias) ao relento, também passa muito tempo em garagem e, em dias de sol mais forte, uso um pára-sol na frente, já para evitar males maiores. É também muito mais utilizado em percursos extra-urbanos (essencialmente AE) do que em cidade, pelo que está menos sujeito a pisos degradados, lombas, etc., capazes de provocar deformações severas.
As ópticas frontais têm um aspecto embaciado, com os médios ligados, desde que o comprei. Não me dá sensação de perda significativa de visibilidade, mas não gosto do aspecto quando o carro está com as luzes ligadas e há baixa luminosidade. À luz do dia, se ligar os médios, não se nota.
Outra situação já reportada, mas a aguardar resposta. "Cheira-me" que caiu no esquecimento da oficina...
De resto, tudo em ordem. É meter gasóleo e andar! Como tive um alerta para uma possível avaria no Civic, que me obrigava a substituir a bomba de alta-pressão de combustível (coisa para mais de 3.000€, na marca, e que muito contribuiu para a decisão de o trocar), mudei de fornecedor de combustível. Antes usava gasóleo da Prio/Pingo Doce (normal, cerca de 0,11€/litro mais barato do que o Galp G-Force que uso actualmente no cee'd). Pode não ter sido culpa do gasóleo, mas também não é impossível que não tenha sido... Pelo menos, já ouvi várias teorias sobre isso, até de pessoas mais entendidas em mecânica do que eu, que sou quase zero, e que acreditavam que a diferença de preço não é somente uma questão de marca, mas de qualidade. Actualmente tem cerca de 11.300 km. É pouco para um diesel com mais de um ano, mas devido à alteração significativa da minha situação profissional - onde antes estava apenas "empregado", agora há um prefixo "des" a acompanhar - o carro anda menos. Eu trabalhava em Lisboa e as viagens casa/trabalho/casa é que lhe davam kms. Agora, anda o que é necessário ou quando viajo ocasionalmente, mas raramente em percursos muito pequenos, para não chatear muito o senhor das partículas e a senhora EGR. As pernas existem para ser usadas, também.
Conclusão:
Apesar dos aspectos menos bons que referi, continuo bastante satisfeito com o cee'd. É um carro cómodo/confortável o suficiente para fazer kms em estrada/AE ou simplesmente ir do ponto A ao B, numa localidade, tanto para o condutor como para eventuais passageiros (inclusive atrás), está relativamente bem equipado para o seu valor (de campanha), considerando o segmento em que se insere, é suave, tem uma insonorização muito satisfatória, é seguro (com excepção da direcção falsa como Judas)... Dentro do que procurava, fiquei satisfeito. Espero manter-me assim por uns bons anos. Por bons, entenda-se sempre um número com 2 dígitos, dado que não pretendo desfazer-me dele antes disso.
A quem chegou até aqui, as minhas desculpas pela seca que dei... É o que dá fazer um "anuário e tal de bordo" em vez de um diário.
De seguida, apresento o "menino":
Totalmente "stock" até à data e assim continuará, em princípio. Se ele é lindo, não se mexe...
O aspecto embaciado permanente das ópticas frontais, referido no texto.
Com cerca de um ano (antes da primeira revisão), ao bater nos 10.000 km, para celebrar, o ISG decidiu funcionar... A média de consumo de 6 l/100 km é a actual e é o valor desde sempre. Começou a subir até aos 6,4 l/100 km e daí tem vindo gradualmente a descer, porque na maioria das vezes não puxo em demasia por ele, mas também não ando muitas vezes ou muitos kms a "pastelar".